Havia uma calçada feita de ladrilhos e pedras, todos muito coloridos. Dia de sol.
Caminhava tranqüilo quando cruzei o portão verde-água, todo angelical. O quintal comprido todo em grama e nas laterais muitas flores.
Uma casa aconchegante e pequena ao longo do quintal. Foi quando ouvi grasnados e avistei três pequenos patos amarelos.
Atraíram-me e então os segui. Eram possuidores de uma magia. A cada momento grasnavam mais alto e a atração era cada vez maior.
Dei-me conta que havia um rio que corria no fundo da casa.
Os três adentraram o rio raso e límpido, estavam me chamando. Molhei os pés e fui. Segui cabisbaixo com o olhar fixo. Após alguns metros eles já não me chamavam mais a atenção.
Dei-me conta que estava de frente com um homem sentado em uma grande pedra. No contorno da pedra havia uma vegetação alta. Era seu trono.
Em poucos instantes o céu estava negro o tempo parou e não ouvi mais nada.
Sentado e com os pés fincados na rocha, trajava calças de pescador abaixo dos joelhos, uma bata velha e chapéu de palha, todo em tons de bege.
Era impossível ver seu olhar devido ao seu chapéu. Seu movimento de braço tragando seu cigarro de palha e baforando aquela fumaça era simplesmente assustador.
Sua presença era pavorosa.
Pensei em voltar, correr, mas a água estava na altura dos joelhos e jamais teria coragem de lhe dar as costas.
Fui obrigado a sentir toda sua presença, baforando e movimentando seu braço lento para sua tragada intensa.
Não houve uma única palavra.
Falamo-nos apenas pela presença espiritual que era muito forte.
Logo percebi que algo nele também era meu.
Caminhava tranqüilo quando cruzei o portão verde-água, todo angelical. O quintal comprido todo em grama e nas laterais muitas flores.
Uma casa aconchegante e pequena ao longo do quintal. Foi quando ouvi grasnados e avistei três pequenos patos amarelos.
Atraíram-me e então os segui. Eram possuidores de uma magia. A cada momento grasnavam mais alto e a atração era cada vez maior.
Dei-me conta que havia um rio que corria no fundo da casa.
Os três adentraram o rio raso e límpido, estavam me chamando. Molhei os pés e fui. Segui cabisbaixo com o olhar fixo. Após alguns metros eles já não me chamavam mais a atenção.
Dei-me conta que estava de frente com um homem sentado em uma grande pedra. No contorno da pedra havia uma vegetação alta. Era seu trono.
Em poucos instantes o céu estava negro o tempo parou e não ouvi mais nada.
Sentado e com os pés fincados na rocha, trajava calças de pescador abaixo dos joelhos, uma bata velha e chapéu de palha, todo em tons de bege.
Era impossível ver seu olhar devido ao seu chapéu. Seu movimento de braço tragando seu cigarro de palha e baforando aquela fumaça era simplesmente assustador.
Sua presença era pavorosa.
Pensei em voltar, correr, mas a água estava na altura dos joelhos e jamais teria coragem de lhe dar as costas.
Fui obrigado a sentir toda sua presença, baforando e movimentando seu braço lento para sua tragada intensa.
Não houve uma única palavra.
Falamo-nos apenas pela presença espiritual que era muito forte.
Logo percebi que algo nele também era meu.
E então o medo se esvaiu como a água que corria.
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