A Família Rodante ( Filme )



No dia do aniversário de 84 anos de Emilia (Graciana Chironi), a octogenária reúne toda a família para um jantar de comemoração, na sua casa aconchegante que conta com um grande quintal no qual são criadas galinhas, os cachorros se divertem e um papagaio diverte os convidados.
No auge da comemoração, Emilia recebe um telefonema de Missões, sua cidade natal à qual nunca mais voltou, com o convite para ser madrinha de casamento de uma sobrinha que nem conhece. Emocionada e orgulhosa, Emilia repassa o convite para toda família, suas duas filhas, seus maridos, filhos, netos e bisnetos. A família e uma amiga dos netos, ao todo doze pessoas, toma conta de uma casa rodante, construída sobre um velho Chevrolet Viking 56, e parte da Grande Buenos Aires para uma viagem de mais de 1.200 quilômetros e dois dias a nordeste, até a fronteira da Argentina com o Brasil e o Paraguai.
Na viagem, quatro gerações de argentinos convivem com seus sonhos, suas frustrações, suas dúvidas e seus desejos próprios e típicos. Na primeira parada, o neto traz para o já superlotado carro um cachorro. Problemas no motor provocam uma parada inesperada no calor do interior, próximo a um rio, no qual o clima é de piquenique. E a situação, propícia para os dois primos, que sentiram-se atraídos logo no reencontro, no aniversário da avó, darem vazão a seus desejos. E a viagem continua.
Família é foda!

Herencia ( Filme )




Olinda (Rita Cortese) é uma imigrante italiana que chegou na Argentina depois da Segunda Guerra Mundial, buscando um amor que nunca encontrou. Ela compra um restaurante no subúrbio de Buenos Aires para ajudar Peter (Adrian Witzke), um jovem de 24 anos que fugiu da Alemanhã também por causa de um amor perdido na adolescência. Mesmo com a diferença de idade, eles passam a viver um relacionamento repleto de magia e encanto, no qual cada um retomará a vontade de viver.
Tenho vontade de comer as comidinhas deste restaurante.
Um filme cheio de alma!

O que você faria ? ( Filme )



Sete executivos disputam uma vaga numa empresa em Madri (Espanha). No mesmo dia, uma reinião do G-8 faz com que as ruas da capital espanhola seja ocupada por violentos manifestantes.
Mesmo assim, os candidatos participam da seleção, cujas provas são elaboradas baseadas num chamado Método Grönholm. Fechados numa sala, os candidatos têm de descobrir quem é o agente da empresa infiltrado entre eles, entre outras provações.
Com certeza você se identifica com um deles...
Amo a Najwa Nimri!

Suicida ( Por Alex )


Eu caminhava tranqüilo pela cidade escura.

Havia muitas árvores.

Vi um homem branco, bonito e barbudo.

Ele andava encurvado e com dificuldade.

Não conseguia ver com nitidez o seu rosto.

Mas sabia que era bonito.

Em determinados momentos ele pedia ajuda.

Em outros eu tentava prestar ajuda.

Mas não nos aproximávamos.

Não conseguíamos.

Ele, de longe, relatou que iria se matar.

Eu pedi que não fizesse isso.

Identifique-me com ele, sem saber por quê.

Conversamos a distância de corpos, mas próximos de coração.

Santo ( Por Alex )


Havia uma ladeira estreita de paralelepípedos com vários grupos de pessoas espalhadas. Religiosos, fiéis, doentes, pobres, todos os tipos de pessoas. Eu percorria todos os grupos conversando e ajudando-as.

Em uma parte da ladeira havia um homem, um santo vivo, de carne e osso, uma mistura nordestina, de pele morena, era magro, estava sentado em postura de lótus completa e expressava muitas influências orientais pelas suas roupas e trejeitos. Seus olhos estavam voltados para baixo e o queixo inclinado. Seus cabelos estavam raspados.

Sem pedir autorização toquei em sua cabeça, como se estive pedindo uma benção. Como se o tocando eu viesse a me tornar como ele. Ele ergueu a cabeça e me olhou com raiva e fúria, seus olhos diziam que eu jamais poderia ter feito aquilo. Me afastei impressionado com seu olhar.

Ele era um santo, tinha sua força, mas eu não poderia tê-lo tocado. Não por sua superioridade ou hierarquia. Mas porque ele não gostava de ser tachado como sublime.

O olhar de fúria quis dizer: sou exatamente igual a você, descubra você mesmo sua força, mas nunca deixem que o toquem, sinta e viva no seu espaço, não se deixe invadir.

Tudo aconteceu como se a partir daquele momento eu tivesse descoberto uma vocação espiritual, além do plano terreno.

Um Outro Plano ( Por Alex )


Fui levado por um homem negro, imponente e sem rosto até uma universidade. Eu seguia na frente conforme sua orientação, ele era dono de uma voz firme. Sabia que tinha que ir com ele.

Passamos por diversas salas, cheias de máquinas, outras repletas de livros e outras ainda vazias e escuras.

Por fim chegamos a uma última grande sala onde havia muito barulho e máquinas cheias de botões e luzes.

Fui apresentado a uma mulher alta, gorda e portadora de vitiligo. Controladora de máquinas e responsável pelo espaço, tinha como obrigação proteger a segurança de uma porta de aço, grande e pesada.

Após a devida apresentação, sem hesitar, o homem que me acompanhava sacou uma arma e disparou bem na altura do peito. Ela foi arremessada para trás cerca de três metros e caiu morta. Em seguida ele abriu a porta de aço e apontou a arma para mim, e disse:

Atravesse – com voz firme.

Não tive escolha e fui.

Ao atravessar a porta de fechou atrás de mim. Achei que ele iria me acompanhar, mas de qualquer maneira eu já não estava mais sob a mira de uma arma e fiquei feliz por estar vivo.

Me deparei com um bairro normal, com ruas, calçadas, casas, árvores, escolas e praças.

Caminhei tranqüilo até encontrar algumas poucas pessoas na rua, elas me olhavam sabendo que eu não era dali. Me dei conta que estava sem camisa, como se tivessem tirado de mim sem que eu percebesse. Trajava apenas bermuda e chinelo.

Perambulei por algumas quadras, tive fome e vontade de fumar.

Encontrei uma casa que me chamou a atenção, pulei o muro e ouvi vozes, homens e mulheres estavam ali, eles me esperavam.

Comi, mas ninguém fumava e apesar da vontade não pedi por um cigarro. Pedi uma camiseta, disse que estava com frio, mas se recusaram. Disseram ser impossível homens usarem camisas e que eu deveria me acostumar. Fiquei irritado, mas não me deram atenção.

Eu deveria me acostumar à maneira deles. Faziam coisas normais como trabalhar e ver TV. Então ouvi um barulho de carro, um ronco muito alto e sai na janela para ver. Era um automóvel preto que cruzava a larga rua.

Nunca havia visto um automóvel como aquele, era grande e com três rodas. Como uma grande moto, mas era carro e se locomovia com velocidade.

Todos pareciam muito empenhados em suas vidas. Passei a me sentir mal e quis ir embora. Da janela da casa onde eu estava, podia avistar construções conhecidas como a igreja do meu bairro e até o telhado da minha casa. Só não sabia como voltar. Pedi ajudar, mas não quiseram me atender. Estava fadado a ficar ali para sempre.

Os dias se passaram e fui acolhido pelas pessoas. Passei a trabalhar e viver naquela realidade. A cada dia um novo descobrimento. Uma nova rua um novo túnel ou uma passagem secreta.

Caminhávamos em túneis transparentes e a cada dia tinha mais acesso a ver o meu mundo. Podia ver até as pessoas que conhecia, mas elas não podiam me ver, quanto mais, ver os túneis deste nosso lado.

Passei algum tempo ali, ajudando nas construções, nos trabalhos diversos.

Foi quando o líder daquela comunidade veio ao meu encontro e agradeceu pelos serviços prestados e pelo empenho.

Precisei voltar, mas não houve resistência, foi tudo muito pacífico. Me foi explicado que não poderia permanecer ali, pois já tinha passado pela experiência de convivência com as pessoas e com o lugar. Então voltei para casa.

Nem deram pela minha falta, como se eu tivesse saído e voltado.

Paladar ( Por Alex )

Quando falo de paladar lembro de uma frase ...

É o amargo que nôs dá a dimensão do doce.

Gosto, coisa boa de sentir.

Gosto de beijo, gosto de saliva, gosto quente.

...

Gosto de pimenta, gosto de café e gosto da uva de um bom vinho.

Gosto de sono na boca, gosto, gosto ...

João Guimarães Rosa


A vida é ingrata no macio de si, mas transtraz a esperança mesmo do meio do fel do desespero.

Noel Clarasó



Solteiro: um homem que têm a sorte de celebrar as festas de família fora de casa.

John Heywood



Um começo difícil leva a um bom fim.

Oscar Wilde



Amar a si mesmo é o começo de um romance que vai durar a vida inteira.

Sêneca

Dir-te-ei agora o que significa uma alma são: é contentar-se consigo mesmo, ter confiança em si próprio, saber que todos os votos feitos pelos homens e todos os benefícios que trocam entre si não têm a mínima importância para a obtenção da felicidade.

William Shakespeare


Não poucas vezes vemos a indigente sabedoria depender em tudo da tolice suntuosa e exuberante.

Aldoux Huxley


A verdade é grande, mas ainda maior, de um ponto de vista prático, é o silêncio acerca da verdade.


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Tira férias da realidade quando quiser e volte sem ao menos uma dor de cabeça ou uma mitologia.

Sexo Por Compaixão ( Filme )



Dolores (Elisabeth Margoni) é uma mulher madura, conhecida por sua generosidade. Quando é abandonada pelo marido, fica sem saber o que fazer com a perda.
Ela mergulha então em um trabalho assistencial para um tipo bastante específico de carente. Dolores, agora sob a alcunha de Lolita, inicia um trabalho de sexo por compaixão.
Em pouco tempo, seus serviços ganham fama e ela passa a ser bastante requisitada. E é a partir de suas caridades que a cidade ganha nova cores e novos ares.
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Todo o filme faz muito sentido.
E o sexo também.

Respiro ( Filme )



Lampedusa é uma ilha a oeste da Sicília onde gangues de rapazes brigam violentamente perto dos rochedos. O homens saem cedo para pescar e as mulheres tomam conta da casa e de outras tarefas manuais.
À primeira vista, a vida lá pode ser tão monótona quanto acolhedora; tão sufocante quanto charmosa Grazia (Valeria Golino) é uma jovem mãe de uma adolescente e dois meninos. Muito liberal e jovial, sua conduta logo desperta comentários maldosos na ilha, colocando toda a família em uma situação difícil.
Seu marido, o apaixonado Pietro (Vincenzo Amato), tenta protegê-la disso, mas Grazia parece não se incomodar com o falatório e continua agindo da mesma maneira.
Seu temperamento forte faz com que boatos comecem a correr de que ela precisa de um tratamento psiquiátrico em Milão para curar suas "loucuras".
Pietro começa a ficar balançado com a idéia e, aos poucos Grazia percebe que terá somente os filhos ao seu lado.
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Linda fotografia, linda história cheia de alma e coração, lindas atuações.

Whisky ( Filme )


Ao saber da visita de seu irmão, um viúvo propõe à funcionária de confiança de sua fábrica que se faça passar por sua esposa enquanto ele estiver na cidade.
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Vivemos em profundo mal estar com os outros e esse filme retrata exatamente isso.
A falta de verdade, a falta de coração, a falta de comunicação.

A cada ... ( Por Alex )



A cada Sol, um novo Portal,

A cada Morte, uma nova existência em Outro Plano,

A cada Onda, uma nova Calma e menos uma Pedra,

A cada Olhar, um novo Autor,

A cada Estrela que surge, uma nova Alma que foi morar no Céu,

A cada Tilintar das taças e copos, uma nova Descoberta Conclusiva,

A cada Início e Reinício, uma nova Visão Real,

A cada Instante mesmo que seja breve e pequeno, um Novo Renascimento,

A cada Toque sutil, um novo Horizonte de possibilidades,

A cada Toque do calcanhar da areia, um Espaço ainda não percorrido,

A cada Descida em nós, um novo Encontro com a loucura,

A cada Fumaça, um novo Esvaziar, e também um novo Encher,

A cada Ônibus, muito menos Carros,

A cada Tic-tac, um novo Minuto que não volta,

A cada Saudoso Gole, um novo Mergulho bem pra dentro,

A cada Adentrar, logo, um novo Não Saber,

A cada Grande Desfecho, conseguentemente uma nova Dúvida,

A cada Tempo, um novo Ser-estar,

A cada Sentar pra meditar, uma nova Luz.

Estranha Rosa na voz de Devendra Banhart pra mim é a perfeição ( Música )














Tanto, tanto, tanto claro
E tanto gris
Que raro, raro, raro
Que seja tanto assim
Sonâmbulo o um esquilo
Te faço gargalhar
Será que sou assim me vou sem ver o que não vi
Será que penso que me vou ainda fico aqui

Rubro, rubro, ouro, rimo
Desnuda o mineral
E qualquer nome lhe foi dado
Assim tá sem pensar
Pensam que na sabe nada
Que tu não pode amar
Dizem que é ver pra crer
Inútil explicar

Te tiram da tua calma e tua mãe a te buscar
Sem me lábios sem parar não pode tem encontrar
A vera rosa
Estranha rosa

Índio limpo, limpo, lindo
Sangue e algodão
Montanha viva, sacra, ferida, doce e celestial
Começa assim com tal tristeza
Termina tudo igual, tudo igual

Termina tudo igual, igual

Estranha rosa

3 Jóias de Fernando Pessoa


Há entre mim e o mundo uma névoa que impede que eu veja as coisas como verdadeiramente são — como são para os outros.
Sinto isto.

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Basta ser breve e transitória a vida
Para ser sonho. A mim, como a quem sonha,
E obscuramente pesa a certa mágoa
De ter que despertar — a mim a morte
Mais como o horror de me tirar o sonho
E dar-me a realidade me apavora,
Que como morte. Quantas vezes, (...),
Em sonhos vários conscientemente
Imersos, nos não pesa ter que ver
A realidade e o dia!

Sim, este mundo com seu céu e terra,
Com seus mares e rios e montanhas,
Com seus arbustos, aves, bichos, homens
Com o que o homem, com translata arte
De qualquer outra, divina, faz —
Casas, cidades, cousas, modos —
Este mundo que sonho reconheço,
Por sonho amo, e por ser sonho o não
Quisera deixar nunca, e por ser certo
Que terei que deixá-lo e ver verdade,
Me toma a gorja com horror de negro
O pensamento da hora inevitável,
E a verdade da morte me confrange.

Pudesse eu, sim pudesse, eternamente
Alheio ao verdadeiro ser do mundo,
Viver sempre este sonho que é a vida!
Expulso embora da divina essência,
Ficção fingindo, vã mentira eterna,
Alma-sonho, que eu nunca despertasse!
Suave me é o sonho, e a vida porque é
Temo a verdade e a verdadeira vida.
Quantas vezes, pesada a vida, busco
No seio maternal da noite e do erro,
O alívio de sonhar, dormindo; e o sonho
Uma perfeita vida me parece...
Perfeita porque falsa, e porventura
Porque depressa passa. E assim é a vida.

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Seja escrevendo, falando ou olhando simplesmente, para sempre somos diferentes do que somos.

Não podemos ser traduzidos em livros ou palavras, pois nossa alma está infinitamente distante.

Tudo que cessa é morte, e a morte é nossa se é para nós que cessa.

Quer pouco: terás tudo. Quer nada: serás livre.

Se a cada coisa que há um deus compete, por que não haverá de mim um deus? Por que não o serei eu? É em mim que o deus anima porque eu sinto.

Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa.

Põe quanto és no mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive.

Porque o presente é todo o passado e todo o futuro.

Na alma, com alguma verdade; na imaginação, e com alguma justiça; na inteligência, e com alguma razão - Meu Deus! Quantos Césares fui!

Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo?

Serge Gainsbourg


Feiúra é de algum modo superior à beleza porque ela dura.

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Dêem-me uma estrela, que eu seja um desconhecido.

Amor IV ( Por Alex )


Quando eu jurei meu amor eu traí a mim mesmo.
Raul Seixas

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Mostramos o tempo todo quem nós somos, o outro também.

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Autoconhecimento e Individuação são armas brancas, são caminhos para levar-nos ao rumo certo.

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Ninguém vai fazer o trabalho que é nosso aqui, nesta evolução.

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Amor Paixão é algo que passa e torna-se o Amor Companheiro.

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Amor Romântico sempre existirá, é incessante.

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A sociedade nôs cobra estarmos sempre e sempre apaixonados, é claramente impossível.

Mar de Ubatuba ( Por Alex )


Indo, ví-lo.

Imperial e Acinzentado.

Imponente e Grandioso.

Houve fascinação e um estado completativo devocional.

Quis correr, lançar-me adentro.

Quis que me levasse.

Bem para o fundo.

Para que não houvesse ...


Volta.

Retorno.


Deve ter sido latente sorte ...

Ficamos em nossos devidos lugares.

Mas houve um diálogo ...

Mental.



De cara fizemos acordos.


Tratos.

Acertos.


Dissemos sim e ponto.


Notei então a ausência do Cinza Morte,

Já era presente o Azul Fascínio.

Adentrei.

Corpo gelado tornou-se brasa.

Pulmão constipado, mente faltando, emoções enfraquecidas, mergulho.


... ... ...


Morri por um momento ...

Renasci ainda sem braços como um girino.

Senti-me presente.

E dei-me conta ...

Falta um encontro.


Pensei ...

Saí ...


Não houve dúvida.

No dia seguinte, caminhei ...

Por entre árvores e arbustos verdejantes,

Belas flores sorridentes.


Vi.

Caminhei.


Era Azul Celestial.

Tive certeza que não me levaria.


Confiâmos.

Meditamos.


Não houve mais som.

Não houve mais tempo.


Cores potencializadas vibraram latentemente.


Foi perfeito.

Foi leve.

Foi calmo.

Foi nosso.

Paris, Te Amo ( Filme )




Muitas histórias em uma só.
Amei esse filme!
Inesquecível pra mim é a história da gordinha que visita o túmulo de Sartre.
Ela é toooda especial!

Agata e a Tempestade ( Filme )


Um clima surreal percorre a vida de Ágata que é dona de livraria em Gênova capaz de prescrever livros aos clientes como remédios.
Dona de uma intensa energia, não só no sentido abstrato, ela é capaz de literalmente provocar curto-circuitos e queimar lâmpadas de casas e automóveis à sua passagem.
Uma personalidade assim candente põe a seus pés homens como Nico, seu namorado 13 anos mais jovem do que ela, e também o irmão gêmeo dele, o que provoca algumas confusões. O clima de perplexidade se completa quando Ágata descobre que Gustavo, que sempre pensou que era seu irmão, na verdade é irmão de outra pessoa, o vendedor-viajante Romeo.
Neste clima de ambigüidade e redescoberta de tudo, Ágata põe à prova seus conceitos e sua atitude diante da vida.
Amo esse filme, me lembra uma amiga muito querida, Sheila Berrocal.

Irmão Sol, Irmã Lua ( Filme )


A História de São Francisco de Assis.
Lindo filme!

Amma


“Sempre tente reconhecer e apreciar as boas qualidades nos outros.”

Samuel ... ( Por Alex )

Lá estava eu, sentado a mesa de um bar, fazendo tudo ao mesmo tempo ...

Tomando cerveja, fumando, escrevendo e ouvindo música.

E me surge o Samuel com apenas 12 anos.

Uma criança, bonito, moreno. Fuma, bebe, cheira cola, menino de rua, não sei, prefiro não pensar, só sei que ele veio me pedir um cigarro. Não dei e disse que ele era muito novo.

E ele disse: Se você não me der eu compro...

Entrou no bar, comprou um malboro vermelho.

Aí, acendi seu cigarro...não tive escolha.

Ficou me observando e disse que minha letra era bonita, me questionou porque ouvia música e escrevia ao mesmo tempo ... Pensei ... pensei ... e não tive resposta.

Perguntei sobre sua mãe e ele disse que ela havia morrido, não perguntei do que. Mas pensei, sorte dela, ou seria azar !?

E o pai... Já não via há anos.

Continuava a me observar, fumando seu cigarro ... achei que ele iria pegar o meu óculos e sair correndo ou pegar algo da mesa ... no fim ... não liguei. Quis ver até onde ele iria...

Perguntou-me o que eu escrevia...

E eu disse: Escrevo sobre todas as coisas que penso, que gosto, que não gosto, que me alegram e me irritam. Ele arqueou as sobrancelhas ... fazendo cara de espanto.

Perguntei se ele sabia escrever...Com cara de bravo me respondeu que sim ... se gabando.

Completei: Você devia escrever então ... e ele disse ... pra quê ... por quê ?

E eu falei: Vai que alguém famoso lê e queira escrever um livro sobre suas palavras ou depois que você morrer, alguém pega o seu caderno, lê, essa pessoa vai lembrar de você, do que você era.

Fez cara de interessado.

Eu disse que dá próxima vez que o encontrasse lhe traria um caderno e uma caneta.

O encontrei algumas outras vezes, paguei alguns lanches, troquei algumas palavras, mas o caderno ainda não consegui dar.

Olfato ( Por Alex )

Cheiro, odor, coisa difícil de falar ... Pensar em um cheiro é complicado, mas seja qual for, nôs remete exatamente ao momento vivido.

Outro dia fui ao hospital pra fazer exames de rotina, num hospital que não ia desde a minha infância. Foi simples, ao sair do hospital, senti o cheiro de cachorro-quente. Me fez voltar a minha infância, há anos atrás. Mesmo não comendo mais carne, senti aquele cheiro com tanto prazer, nenhum outro pão com salsicha tem aquele cheiro delicioso.

De vez em quando sinto um cheiro aqui, outro ali ...

Gostaria de sentir cheiros novos e prazerosos.

Visão ( Por Alex )

Gosto muitíssimo da visão, apesar da pseudo-realidade que vaga por aí.

A cadeira , ela existe, está ali, mas certeza, certeza mesmo, apenas quando houver o toque das mãos, até então, pura ilusão de ótica, quem me garante que o objeto esta lá, talvez minha mente o tenha projetado no espaço...

Tudo é irreal e insólito, inclusive eu ... quem disse que estou aqui ... ou no ônibus ... ou na escada, cada um vê o que quer ... e muitas vezes o que não deseja.