Pensamiento Tres ( Por Alex )


Suas vastas e inigualáveis experiências tem resultado em auto conhecimento ? 

As 4 funções da mitologia segundo Joseph Campbell

- Despertar e sustentar o sentimento de espanto diante do mistério da existência.

- Oferecer uma cosmologia, uma imagem do universo sustentado por aquele sentido de ‘’ espanto ‘’ diante do mistério de uma presença e da presença do mistério.

- Garantir uma ordem social para integrar o indivíduo em seu grupo organicamente.

- Introduzir o indivíduo na ordem das realidades de sua própria psique, orientando-o para seu próprio enriquecimento e realização espiritual.

Cosmos: Envolto de cada planeta

Pólis: Cidade

Oikos: Economia e administração do Lar ( convivência )

Ethos: Construção interna

O Medo de Morrer como a causa de sofrimento

O Medo de Morrer como causa de sofrimento

Em uma sociedade moderna impregnada pelo egoísmo, materialismo e imediatismo, que valoriza exacerbadamente poder, sexo e dinheiro, o medo de morrer se apresenta cada vez mais perturbador, já que, na cultura ocidental, a morte é encarada como o fim, estando sempre relacionada às sensações de vazio, desespero e sofrimento.

Segundo os princípios do Yoga, a morte é vista como um processo de transição, um momento libertador, de paz e alívio. Nesse sentido, para que se possa vislumbrar a Realidade e compreender que não há distinção entre a vida e a morte, Patañjali, o grande e sábio sistematizador do Yoga, no tratado Yoga Sutra, especificamente no capítulo Sādhana Pāda, aborda o Kriya Yoga, constituído por tapas, ou austeridade, autodisciplina, simplicidade; svadyaya, ou estudo de textos sagrados e escrituras, inclusive de si mesmo; e ishvara pranidhana, ou dedicação dos frutos de toda e qualquer ação à divindade pessoal, como capaz de se reduzir as aflições e remover os obstáculos à iluminação denominados Kleshas.

Nesse contexto, os Kleshas, ou causas de dor, sofrimento, aflição e miséria humanos, são enumerados como sendo avidyā, a ignorância espiritual; asmitā, o sentimento de individualidade; rāga, o apego; dvesha, a aversão; e abhinivesha, o apego à vida ou o medo de morrer, tema central desse trabalho.

Portanto, dentro da filosofia dos Kleshas e da filosofia maior do Yoga, da qual ela é parte integrante, com uma prática persistente e desapegada, podem ser vencidas essas causas de aflições, inclusive o medo de morrer, que impedem os seres humanos de atingir a auto-realização.

Para os seres humanos, especialmente os ocidentais, que não acreditam nos ciclos da vida, encarar a morte com naturalidade não é fácil, ainda mais nesse mundo moderno em que se cultua o belo e o jovem e se engrandece com o fato de ser produtivo. Com o intenso avanço da medicina, ratifica-se a dificuldade de se lidar com os limites e a imperfeição, conduzindo o homem à ilusão da imortalidade do corpo.

E essa ilusão torna-se causa de angústia existencial, o que lhe traz aflição, dor e sofrimento, isso em decorrência de se revelar enraizado o apego à vida, por não se compreender que, quando a morte chega, o que se morre é somente o corpo e não o Ser.

Os cinco estágios que se enfrenta diante da notícia que a morte está próxima são: negação e isolamento, raiva, barganha, depressão e, por fim, aceitação, sendo que nem todas as pessoas passam necessariamente por todos esses estágios, podendo permanecer apenas nos primeiros, em que se observa uma constante e tumultuada escravidão pela dor.

“ A dor é um fato cósmico e o homem sofre esse fato ou contribui para sua perpetuação unicamente na medida em que aceita se deixar levar pela ilusão ”.

Diante desse quadro, o que propõe o Yoga para que se destrua esse aterrorizante e perturbador medo de morrer?

Sendo o Yoga uma filosofia prática, que teve Patañjali como seu célebre sistematizador, já que organizou fundamentos ainda mais antigos em um respeitável sistema conhecido como Astanga Yoga, ou Yoga de oito partes ( yama, niyama, āsana, prānāyāma, pratyāhāra, dhāranā, dhyāna e samādhi), foi por ele definido como “ a inibição das modificações da mente”, sendo que só assim, livre das interferências e perturbações a que se é submetido no decorrer dessa existência, é que se pode encontrar a real identidade. Para que isso ocorra, tornam-se indispensáveis a prática e o desapego.

Os oitos instrumentos da disciplina do Yoga, descritos por Patañjali no tratado Yoga Sutra, podem ser, em síntese, assim entendidos:

Yama como sendo normas de conduta relativas à abstenção de violência (ahimsa), de mentiras (sathya), de qualquer forma de apropriação indébita (asteya), da escravidão aos objetos do desejo (brahmacārya) e da cobiça (aparigraha).

Niyama refere-se a atitudes asseguradoras de paz interior, associadas ao aprimoramento da vida pessoal, englobando cinco princípios, quais sejam: pureza corporal e mental (sauca); contentamento (santosha); austeridade, disciplina e determinação (tapas); estudo de textos sagrados e escrituras, inclusive do Ser (svadyaya); completa entrega e submissão a Deus (ishvara pranidhana).

Assim sendo, os Kleshas podem ser enumerados como avidyā (ignorância espiritual), asmitā (sentimento de individualidade), rāga (apego), dvesha (aversão) e abhinivesha (apego à vida ou medo de morrer).

Patañjali aponta como capaz de atenuar essas causas de sofrimento (Kleshas) a prática de Kriya Yoga, que é composta pelos três elementos a seguir elencados: tapas ( ou austeridade), svadyaya ( estudo de livros sagrados e escrituras, inclusive de si) e ishvara pranidhana ( submissão, entrega e rendição a Deus).

Esses três elementos servem como uma transição preliminar entre a vida comum e o estilo de vida que demanda o caminho do Yoga, exigindo disciplina e determinação, estudo e completa devoção para que as causas de perturbação mental sejam eliminadas.

Diante do fato de que a morte do corpo é inevitável, em vez de a atual sociedade, de modo geral, tentar afastar essa real constatação, mergulhando-se nas ilusões do mundo moderno, materializadas, principalmente, na busca pelo poder, sexo e dinheiro, intensificando a ignorância, o egoísmo e o apego, em especial, o apego à vida, não seria prudente e oportuno que se encarasse a morte de frente?

Diante da percepção do marcante medo que os seres humanos sentem em relação à morte, o que lhes causa sofrimento, angústia, aflição, desespero, conseqüentemente, perturbação mental, o primeiro passo para a superação é tratar o assunto como algo natural, que faz parte de nosso dia-a-dia, e não como algo distante e proibido.

Utilizando os sábios ensinamentos dessa filosofia prática intitulada Yoga, pretende-se mostrar que, com a prática persistente e desapegada, pode ser vencido o medo de morrer, não apenas no que se refere à morte em seu aspecto biológico, como também a possibilidade de se dar um (ou mais) passo (s) adiante no caminho da evolução.

Há evidências de que esse sistema filosófico-prático, intitulado Yoga, é tão antigo quanto à própria civilização indiana e que, a princípio, era transmitido de mestre a discípulo dentro da tradição oral. Essa estrutura de transmissão de conhecimento e treinamento refere-se à preservação, por parte da cultura indiana, de um conhecimento considerado de caráter sagrado.

O que o Yoga busca atingir, em última instância, é o conhecimento de si mesmo, aquilo que, no homem, é perfeito e imortal. O alcance deste Ser interior, deste estado divinizado que é o verdadeiro fundamento da humanidade desde os tempos dos Upanishads, já apareceu associado a um certo tipo de sentido, muito embora tenha havido diversas doutrinas puramente teóricas, o fato é que sempre parece ter existido mestres que, com o exemplo de suas vidas, demonstraram que a realização da imortalidade e liberdade pelo homem dependia de uma disciplina, de um controle sobre si, a fim de se chegar à cessação de todos os processos da mente.

O sistema de Patañjali devidamente organizado, com uma metodologia definida e objetivos claros, por meio do tratado Yoga Sutra, passou a ser reconhecido então como Yoga clássico, tornando-se uma referência do período clássico da história indiana. Em menos de duzentas frases concisas, esse tratado composto para ser repetido por um mestre e memorizado pelos discípulos, apresenta uma disciplina dividida em oito componentes, com ênfase à meditação e ao êxtase ou integração (samādhi), que corresponde ao próprio estado de Yoga.

Yoga deriva do radical sânscrito yuj, que significa juntar, unir, integrar. Assim, como objetivo único, Yoga é a integração do ser individual ao Princípio Supremo, a partir da superação da concepção ilusória de que essas entidades estão separadas por serem essencialmente diferentes.

Segundo o tratado Yoga Sutra, de Patañjali, “Yoga é a paralisação dos turbilhões da mente”, ou seja, de forma voluntária, ocorre a paralisação das modificações da mente. Pode-se dizer também que samādhi, o estado mais profundo de meditação, é Yoga, sendo que, para se chegar a esta condição, se torna necessária uma metodologia, composta por princípios, atitudes e técnicas. Nesse sentido, pode-se inferir que tudo isso tem por objetivo unificar o espírito e afastar a dispersão.

Cumpre consignar que Patañjali, no capítulo Sādhana Pāda do Yoga Sutra, enfatiza os instrumentos eficazes para que o aspirante espiritual percorra o caminho do Yoga, esclarecendo que, para tanto, deve ocorrer uma preparação preliminar, pois, não é possível nem recomendável para alguém absorvido pela vida mundana e completamente sob a influência dos Kleshas lançar-se de uma só vez na prática regular do Yoga.

Cabe salientar que a palavra Klesha, traduzida como aflição, significa realmente sofrimento e a causa do sofrimento. Os Kleshas podem ser enumerados como avidyā (ignorância espiritual), asmitā (sentimento de individualidade), rāga (apego), dvesha (aversão) e abhinivesha (apego à vida ou medo de morrer).

A disciplina preliminar do Yoga prepara o aspirante para enfrentar o problema do sofrimento de forma eficaz e, portanto, para trilhar a senda da iluminação espiritual. Patañjali não afirma que não surgirá sofrimento ou aflição, o que diz é que o impacto pode ser amenizado, ou seja, que, se o indivíduo se aproximar da vida do Yoga com a apropriada preparação de simplicidade, auto-estudo e aspiração, pode suportar o impacto das aflições com maior determinação.

É importante a constatação de que os cinco Kleshas já mencionados não são independentes entre si, mas formam uma série, começando com avidyā e terminando com abhinivesha, sendo que um estágio leva, natural e inevitavelmente, ao seguinte. Portanto, para se remover o elemento final desta série, é necessário inverter o processo pelo qual cada efeito é absorvido em sua causa imediata, desaparecendo, assim, toda a série. Essa busca retroativa não é um simples reconhecimento intelectual, mas uma total compreensão que anula o poder dos Kleshas de afetar a mente, uma vez que tal compreensão pode chegar até certo ponto no plano físico, contudo, em sua plenitude, é obtida nos planos mais elevados, quando se pode ascender, em samādhi, àqueles planos. Nesse sentido, não há um atalho que leve à atenuação e destruição final dos Kleshas, pois isso envolve toda a técnica de disciplina do Yoga.

O primeiro elemento enumerado de Kriya Yoga é tapas, que combina em si o significado de certo número de palavras, como purificação, autodisciplina, austeridade, denotando, também, uma vida de simplicidade. A prática sistemática de tapas, normalmente, inicia-se com exercícios simples e fáceis que exigem força de vontade e continua em estágios progressivos, com exercícios mais difíceis, cujo objetivo é provocar a dissociação entre veículo e consciência. Cabe afirmar, ainda, que Patañjali aponta que o indivíduo que deseja trilhar a senda do Yoga deve se voltar para uma vida simples, preocupando-se apenas com a satisfação das necessidades, e não com a realização dos desejos, pois somente o homem de vida simples é capaz de suportar as pressões da verdadeira vida espiritual.

Juntamente com essa simplicidade e disciplina, deve existir svadyaya, o segundo elemento dessa preparação preliminar, que tem como partes integrantes o estudo detalhado e completo da literatura do Yoga, bem como uma constante meditação e reflexão acerca dos problemas mais profundos que foram estudados em livros. Essa constante reflexão prepara a mente para a recepção do conhecimento real vindo do interior, dirigindo o alento da intuição para a mente.

Por fim, a simplicidade, a austeridade, a disciplina e o auto-estudo levam à formulação dos próprios valores de vida, conduzindo ao terceiro elemento de Kriya Yoga, ishvara pranidhana, sendo que geralmente essa denominação é traduzida como submissão a Deus, porém, pelo fato de a prática de ishvara pranidhana poder desenvolver samādhi, a palavra é utilizada com um sentido mais profundo que o esforço mental superficial do homem religioso comum para submeter-se à vontade de Deus. Quando o indivíduo faz afirmação mental desse tipo, o que efetivamente quer dizer é que a vontade de Deus é suprema no mundo em que Ele rege e que o indivíduo, alegremente se submete a esta vontade, mesmo que a experiência possa não ser agradável. O fato de que a progressiva prática de ishvara pranidhana pode levar ao samādhi, mostra que ela significa um processo muito mais profundo do que a mera aceitação de quaisquer experiências e provações que, eventualmente, ocorram ao longo da vida. Por meio da prática de ishvara pranidhana,há um sério e intenso esforço para produzir um contínuo recolhimento da consciência, a partir do nível da personalidade, que é a sede da consciência do “eu”, para a consciência do Supremo, ou seja, essa prática tem por objeto a dissolução de asmitā (sentimento de individualidade), pela sistemática e progressiva fusão da vontade individual com a vontade de Ishvara, ou Deus, destruindo, dessa forma, a raiz dos Kleshas.

Verifica-se que abhinivesha, ou ânsia de viver, se apresenta como uma das causas de sofrimento humano. Sendo representada pelo forte desejo de continuidade, está intensamente estabelecida até mesmo nos eruditos, já que apenas o simples conhecimento do intelecto não é adequado para libertar o ser humano do apego à vida. A despeito de toda a filosofia que se possa conhecer, a menos que os Kleshas sejam destruídos, por meio de uma prática sistemática e constante da disciplina do Yoga, o apego à existência, em maior ou menor grau, continuará existindo, causando perturbação mental. Nesse sentido, na série encadeada de Kleshas, rāga (o apego) e dvesha (a aversão) aparecem como causa imediata do apego à vida. Assim, constata-se que quanto maior o papel representado pelas atrações e repulsões na vida de um ser humano, maior será seu apego à existência.

Por fim, cabe consignar que, de acordo com a filosofia do Yoga, é possível ascender completamente acima das ilusões, misérias e limitações da vida e adquirir conhecimento e bem-aventurança infinitos por meio da Iluminação, aqui e agora, enquanto ainda estamos vivendo no corpo físico. Enfim, observar que a morte é inevitável e refletir sobre ela, auxilia para que se dê valor ao momento presente, despertando o indivíduo para o milagre e a beleza da vida, do amor e da compaixão, fazendo com que se consiga, então, a verdadeira e permanente felicidade, ou paz.

Águas Calientes - Peru












Shariputra

El Venerable Shariputra, uno de los grandes maestros budistas y discípulo personal de Buda Sakyamuni, contaba una historia que ilustra lo irónico que puede resultar el karma. Shariputra pedía que imaginásemos esta escena:

Un hombre está delante de su casa, comiendo el pescado que había capturado en el estanque, mientras sostiene en su regazo a su hijo y golpea con el pie a su perro, que intenta acercarse para comerse los restos del pescado. Podríamos pensar que esta escena no tiene nada de especial. Shariputra dijo:
“Se come la carne de su padre y da patadas a su madre.Mató a su enemigo y ahora lo sostiene en brazos.Su esposa roe los huesos de su esposo.¡Qué farsa puede ser el samsara!”

¿A qué se refería el Venerable Sharadvatiputra al decir esto? Resulta que el padre de aquel hombre había muerto y había renacido como pez en el estanque. El hombre capturó a su padre el pez, lo mató y se lo estaba comiendo. Su madre tenía mucho apego a la casa, así que renació como su mascota, el perro. El enemigo del hombre había sido ejecutado por violar a su esposa, y como el enemigo tenía tanto apego por ella, había renacido como su hijo.
Así pues -explicaba Shariputra- mientras este hombre se comía la carne de su padre -el pez-, el perro -que era su madre- intentaba comerse los restos de pescado y recibía patadas de su hijo. Y su propio hijo, a quien ahora sostenía en su regazo, era quien violó a su esposa y a quien él mismo había matado por ello.

No te aferres demasiado a tus amigos: No sabes hasta cuándo serán tus amigos. No te enfrentes a tus enemigos: Pronto podrían ser tu propio hijo. Antes que ignorar el destino de tus actos, mejor sé compasivo con todos los seres por igual.