Lá estava eu, sentado a mesa de um bar, fazendo tudo ao mesmo tempo ...
Tomando cerveja, fumando, escrevendo e ouvindo música.
E me surge o Samuel com apenas 12 anos.
Uma criança, bonito, moreno. Fuma, bebe, cheira cola, menino de rua, não sei, prefiro não pensar, só sei que ele veio me pedir um cigarro. Não dei e disse que ele era muito novo.
E ele disse: Se você não me der eu compro...
Entrou no bar, comprou um malboro vermelho.
Aí, acendi seu cigarro...não tive escolha.
Ficou me observando e disse que minha letra era bonita, me questionou porque ouvia música e escrevia ao mesmo tempo ... Pensei ... pensei ... e não tive resposta.
Perguntei sobre sua mãe e ele disse que ela havia morrido, não perguntei do que. Mas pensei, sorte dela, ou seria azar !?
E o pai... Já não via há anos.
Continuava a me observar, fumando seu cigarro ... achei que ele iria pegar o meu óculos e sair correndo ou pegar algo da mesa ... no fim ... não liguei. Quis ver até onde ele iria...
Perguntou-me o que eu escrevia...
E eu disse: Escrevo sobre todas as coisas que penso, que gosto, que não gosto, que me alegram e me irritam. Ele arqueou as sobrancelhas ... fazendo cara de espanto.
Perguntei se ele sabia escrever...Com cara de bravo me respondeu que sim ... se gabando.
Completei: Você devia escrever então ... e ele disse ... pra quê ... por quê ?
E eu falei: Vai que alguém famoso lê e queira escrever um livro sobre suas palavras ou depois que você morrer, alguém pega o seu caderno, lê, essa pessoa vai lembrar de você, do que você era.
Fez cara de interessado.
Eu disse que dá próxima vez que o encontrasse lhe traria um caderno e uma caneta.
O encontrei algumas outras vezes, paguei alguns lanches, troquei algumas palavras, mas o caderno ainda não consegui dar.
Tomando cerveja, fumando, escrevendo e ouvindo música.
E me surge o Samuel com apenas 12 anos.
Uma criança, bonito, moreno. Fuma, bebe, cheira cola, menino de rua, não sei, prefiro não pensar, só sei que ele veio me pedir um cigarro. Não dei e disse que ele era muito novo.
E ele disse: Se você não me der eu compro...
Entrou no bar, comprou um malboro vermelho.
Aí, acendi seu cigarro...não tive escolha.
Ficou me observando e disse que minha letra era bonita, me questionou porque ouvia música e escrevia ao mesmo tempo ... Pensei ... pensei ... e não tive resposta.
Perguntei sobre sua mãe e ele disse que ela havia morrido, não perguntei do que. Mas pensei, sorte dela, ou seria azar !?
E o pai... Já não via há anos.
Continuava a me observar, fumando seu cigarro ... achei que ele iria pegar o meu óculos e sair correndo ou pegar algo da mesa ... no fim ... não liguei. Quis ver até onde ele iria...
Perguntou-me o que eu escrevia...
E eu disse: Escrevo sobre todas as coisas que penso, que gosto, que não gosto, que me alegram e me irritam. Ele arqueou as sobrancelhas ... fazendo cara de espanto.
Perguntei se ele sabia escrever...Com cara de bravo me respondeu que sim ... se gabando.
Completei: Você devia escrever então ... e ele disse ... pra quê ... por quê ?
E eu falei: Vai que alguém famoso lê e queira escrever um livro sobre suas palavras ou depois que você morrer, alguém pega o seu caderno, lê, essa pessoa vai lembrar de você, do que você era.
Fez cara de interessado.
Eu disse que dá próxima vez que o encontrasse lhe traria um caderno e uma caneta.
O encontrei algumas outras vezes, paguei alguns lanches, troquei algumas palavras, mas o caderno ainda não consegui dar.
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