Patañjali


Patañjali, que se acredita ter vivido em torno de 200 a.C., é considerado uma grande autoridade em Yoga. Foi o primeiro autor a organizar o conhecimento yóguico num sistema compreensível. Seus escritos estão em forma de sutras. Sutra significa uma frase compacta, sem ambigüidades, significativa, abrangente, despida de palavras supérfluas e sem falhas.

(...) a técnica do Yoga segundo Patañjali, implica muitas categorias e práticas fisiológicas e exercícios espirituais (chamados anga, ‘’membros’’) que devem ser aprendidos por quem deseja obter a ekagrata, e por fim, a concentração suprema, samadhi.

Ekagrata, a concentração em um único ponto, tem como resultado imediato a censura pronta e lúcida de todas as distrações e de todos os automatismos mentais que dominam, ou, mais precisamente, constituem a consciência comum.

Estes membros do Yoga podem ser considerados ao mesmo tempo como um grupo de técnicas e como etapas do itinerário ascético espiritual, cujo fim último é a liberação definitiva.

Patañjali sugere que o treinamento de atitudes é muito importante. Vitarkas, modos irracionais de comportamento como himsa (matar), asatya (mentir), steya (roubar), etc, trazem infelicidade e ignorância, ao que se segue uma corrente de resultados negativos.

Patañjali aconselha sobre o Yoga:
1) pratique por longo tempo,
2) pratique continuamente,
3) pratique com decisão firme e convicção.

Cada classe (anga) de práticas e de disciplinas tem um fim bem específico. Patañjali hierarquiza esses ‘’membros’’ do Yoga de tal maneira que o praticante não possa omitir nenhum, salvo em certos casos. Os dois primeiros grupos yamas e niyamas, constituem, evidentemente, as preliminares inevitáveis de qualquer ascese; não apresentam, portanto, nenhuma particularidade específica do Yoga. Os refreamentos (yama) purificam de algumas faltas reprovadas por toda moral, mas toleradas pela vida social. Ora, os preceitos morais não podem ser transgredidos – ainda que isso se dê na vida social – sem risco imediato para aquele que busca a liberação. No Yoga, toda falta mostra de imediato suas conseqüências.

O sistema ‘’ióguico’’ exposto por Patañjali há mais ou menos dois milênios, conhecido como o ‘’Yogasutra de Patañjali’’, é constituído de oito partes:

1º e 2º - Yamas e Niyamas: normas de conduta e atitudes para os que almejam saúde mental.

3º - Asana: posturas psicofísicas ou atitudes corporais.

4º - Pranayama: controle dos impulsos respiratórios.

5º - Pratyahara: abstração dos sentidos.

6º - Dharana: concentração.

7º - Dhyana: meditação.

8º - Samadhi: meditação profunda.

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