Nós, ocidentais, estamos próximos da encruzilhada que os pensadores da Índia já haviam alcançado cerca de sete séculos antes de Cristo. Daí a verdadeira razão pela qual nos sentimos embaraçados e ao mesmo tempo estimulados, inquietos ainda que interessados, quando nos deparamos com os conceitos e as imagens da sabedoria oriental.
Esta é a encruzilhada que os povos de todas as civilizações atingem, inexoravelmente, no percurso natural do desenvolvimento de suas capacidades e necessidades de experiência religiosa; e os ensinamentos da Índia nos obrigam a conscientizar os problemas de tal cômpito.
Contudo, não podemos fazer uso das soluções indianas; devemos entrar nesta época a nossa maneira e resolver as questões com nossos próprios recursos porque, embora a verdade - o esplendor da realidade - seja universalmente uma e a mesma, ela é espelhada diversamente conforme os meios que a refletem.
A verdade aparece de maneira diferente em cada época e em cada terra de acordo com a idiossincrasia, com a matéria viva na qual se forjam seus próprios símbolos.
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Extraído do livro Filosofias da Índia e Heinrich Zimmer
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