Eu e o mundo, eu e as pessoas ( Por Alex )


Definitivamente não estou aqui para entender as pessoas. Isso não é um drama para mim.

Muitas vezes me decepciono, outras, nem tanto, mas tento olhar as situações por diferentes ângulos, como um observador que vê do alto, tentando não ser alterado ou influenciado pelos fatos, pelos atos.
Gostaria que houvesse um pouco mais do brilho da verdade nos olhos das pessoas, isso faz falta para mim e para elas. Gostaria que as cenas da vida fossem mais claras, menos subliminares, em se tratando de pessoas, de relação entre pessoas. É claro que o subliminar muitas vezes tem a sua clareza, mas quando se trata das pessoas parece que as informações se esvaem.
É natural do ser - humano tentar entender as atitudes das pessoas a sua volta, pois estas refletem diretamente em nosso dia-a-dia. Claro que cada pessoa a sua volta está em um momento muito particular e isso é bem simples de entender. Mas muitas vezes as situações parecem tão obscuras e desconexas que realmente não há sentido em nada. Neste momento ficamos sem chão, sem rumo, boquiabertos e estáticos. Cada um de nós vive em seu mundo interno e isso é muito particular, como se caíssemos constantemente em nossos abismos infinitos.

Mostramos constantemente as pessoas que precisamos de luz, cordas e coragem para escalar e voltar do fundo destes abismos.

Muitas e muitas vezes olho bem no fundo dos olhos das pessoas e me reconheço. É como se estivesse me olhando no espelho. Vejo tanto do outro em mim, muitas vezes me conforto e outras tantas identifico-me com absolutamente nada. Vejo e não vejo. Sinto e não sinto.

Sei que o mais importante é entender-me, sempre, ou pelo menos tentar, tentar e tentar. Não desisto de mim. Sou incansável. Não digo isso como um tipo de auto-ajuda ou para me convencer de que estou só. Sou real. Estou só e comigo. Me basto. Preciso me bastar. Mas quando adentramos o mundo do outro perdemos um pouco das nossas referências. Nos questionamos, nos olhamos e nos perdemos novamente achando que estávamos vivendo no paraíso do nosso eu.

Claro que na vida tudo tem um porquê. Se nos perdemos, devemos nos achar. Se nos entristecemos, logo por conseqüência iremos nos alegrar. Sempre no dual. Opostos. Vivemos num mundo de opostos, mas qual o oposto do eu ? Você ? Ou o outro ali ? Claro que não.

Eu sou o zero, o marco-zero, o início, o princípio. Minhas referências para tudo são o que eu vivi até hoje. Até o último segundo passado, antes de escrever essa letra.

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