Alex Ruiz é o nome que me foi dado,
mas confesso que me sinto muito mais,
muito mais além do que se vê,
do palpável.
Também sou todos os outros seres
existentes e não – existentes.
As vezes me sinto a própria ameba
no auge de sua existência e experiência,
outras vezes,
sou a existência plena dos multi-universos
e pseudo-realidades que me rodeiam.
Me vejo em diversos planos,
sou o Alex Corpo,
o Alex Emoções,
o Alex Mente,
o Alex Búdhico,
que tem o poder de parar o tempo e tocar o espaço,
o Alex Silêncio,
que é onde tudo se dá.
Moro na vida,
moro na morte,
moro no bar,
moro no mar,
moro onde estou agora.
Moro dentro dos olhos das pessoas
e em suas entranhas.
Vivo onde meus devaneios,
sonhos,
realidade
e transcendência me permitem chegar.
Respondo facilmente as simples formas de comunicação,
como um pensamento,
uma energia,
um olhar,
um toque.
Me comunico pelas estrelas da alta madrugada
e pelo doce movimento das nuvens no céu.
Meu trabalho é uma reflexão do que busco,
do que sou e do que me tornarei,
olho bem no fundo dos olhos das pessoas e me reconheço.
Me vejo o louco,
o insensato,
o descontrolado,
o monstro,
o obscuro e tudo o mais que habita no humano.
Quando dou minhas aulas de Yoga o tempo pára,
ali me realizo,
é como se o Divino acarinha-se meus cabelos.
Tenho a experiência de ser o que sou,
são meus alicerces,
que muitas vezes vem ao chão,
mas reconstruo,
sei que já tenho uma linda morada.
Já fiz de um tudo,
sou o meu próprio estudo científico.
Sem regras, pois todas sempre serão quebradas.
Não há certo e incerto,
bonito e feio,
sublime ou vulgar.
Sempre busquei a transcendência,
ir além,
e percebi que o caminho mais fácil
é ter acesso as minhas próprias drogas internas,
a diversão é sempre garantida.
Tento me ver de fora,
como um observador.
Muitas vezes me sinto um personagem,
que logo encerra sua atuação.
Assim me conheço e me reconheço.
Adoro incenso Darshan,
adoro dizer o que sinto,
adoro viver dentro do meu corpo
e fora dele também.
Odeio ser fumante,
odeio a barba que coça,
odeio passar calor
e não poder tirar a blusa.
Valorizo as pessoas como se fossem semelhantes ...
e o são,
sem distinções,
sem críticas,
sem pré-julgamentos.