Nara Leão - O Barquinho ( Música )

Composição: Roberto Menescal

O Barquinho

Dia de luz, festa de sol
E o barquinho a deslizar
No macio azul do mar
Tudo é verão, o amor se faz
No barquinho pelo mar
Que desliza sem parar
Sem intenção, nossa canção
Vai saindo desse mar
E o sol
Beija o barco e luz
Dias tão azuis
Volta do mar, desmaia o sol
E o barquinho a deslizar
E a vontade de cantar
Céu tão azul, ilhas do sul
E o barquinho, coração
Deslizando na canção
Tudo isso é paz
Tudo isso traz
Uma calma de verão
E então
O barquinho vai
E a tardinha cai
( Seus olhos nos meus olhos ... )

Nara Leão - Odara ( Música )


Composição: Caetano Veloso

Odara

Deixa eu dançar
Pro meu corpo ficar odara
Minha cara
Minha cuca ficar odara
Deixe eu cantar
Que é pro mundo ficar odara
Pra ficar tudo jóia rara
Qualquer coisa que se sonhara
Canto e danço que dará
( Canto pra você deitado no escuro ... )

Shotaro Shimada

"A Morte é apenas uma transição."

"Não tenho nenhum medo de morrer. A morte é só uma transição para outro estado, e com isso não estou dizendo que existe outro mundo."

"O Primeiro ensinamento para ter uma vida sadia é não ser revoltado, não sentir insatisfação e ser o menos dependente possível."

"Quanto mais você se sente infeliz, mais entra em conflito com você."

"Na Yoga, o importante é a prática, como um banho que se toma todos os dias. "

"Que felicidade poder caminhar, falar, sentar à mesa e comer com os filhos. Coisas corriqueiras, às quais não damos valor!"

''Apenas espero ter conseguido resgatar o maior carma possível. Saldado minhas dívidas. Só.''

...

O Prof. Shimada, introdutor da prática de Yôga no estado de SP desencarnou hoje. ( 29/09 )

http://www.yogashimada.com.br/

...

Professor Shimada, esta é minha homenagem a você, mestre abençoado, iluminado e amigo !

Trechos de Meditação - Mouni Sadhu ( Livro )


O destino final de tudo é a obtenção da Harmonia e da Paz.


...


... para você, para que possa tentar ( conseguir ) obter a única coisa que realmente conta: a experiência pessoal verdadeira.


...


Portanto, vamos evitar o que pode ser evitado, e não permitir que a frustração envenene nossas melhores aspirações, pois ela é, na verdade, o veneno mais mortal que se possa imaginar em todos os campos e planos de vida.


...


... começando a navegar num pequeno riacho, chegamos a um rio mais largo e amplo para a nossa consciência navegar.


...


A aparente impossibilidade de se fazer alguma coisa agora é apenas uma prova de que ela será feita no futuro.


...


Você e sua mente, junto com todo o seu processo de pensamento, são dois, nunca um só.


...


Ditado francês: Tout comprendre c'est tout pardonner.


Compreender tudo significa tudo perdoar.

Início, Começo ( Por Alex )


O começo !

Ahhh, ... o começo.

O começo de qualquer conversa,

Gole, beijo, sabor, carinho,

É e sempre será !


Traz a tona muitos Aspectos,

Curiosidades, Vontades, Desejos.

Banhado por Companheirismo,

Olhos de Admiração,

A entrega Total ... como saltar em direção ao Abismo ...


O início é sempre Inspirador, Intenso, Quente

Época de recomeços, um período de Conhecer.

Alguns acreditam que ... acaba, cessa, termina.


O bom é saber que acordamos ...

... pra Vida.

Uma nova consciência !

Nunca tem fim.

Sempre início.
Início, Reinicio, Iniciante, Iniciando ...

Sobre a Rosa ( Por Alex )

Por entre pétalas que rasgam e sangram

Por entre rabiscos e grafites

Vi o dia amanhecer, vi a verdade !

Vi minha existência passar por entre meus olhos.

Silêncio, dúvida, a não desistência de mim.

Paz e acalento, beijos e carinhos!


( Uma noite de verdades )

Mensagem Zen - Mestre Hsing Yün


“...Ter tolerância é o melhor método para promover a paz mundial.


Ter magnanimidade é o meio mais rápido de ampliar nossos horizontes. Uma vez que ninguém está livre de erros, precisamos aprender a tolerar os erros dos outros. Precisamos aprender a louvar o que é bom no caráter dos outros e não focar nossa atenção em críticas excessivas. A rejeição não é uma via de mão única – quando rejeitamos os outros por seus erros, eles fazem o mesmo em relação a nós. Por isso, o único caminho para uma coexistência pacífica é perdoar e esquecer.


Não podemos nos tornar escravos de nosso rancor. Seremos infelizes, se tudo o que temos é aversão e repugnância por nosso próximo. Tolerância e indulgência são dois dos mais importantes ingredientes em nossa interação com os outros, pois “devemos sempre nos empenhar em fazer o mais complicado, com a pessoa mais difícil”.


Magnanimidade é a mais elevada virtude nos relacionamentos interpessoais. Devemos cultivar nossas mentes para ser tolerantes com tudo e com todos abaixo do Sol. Devemos ser como o oceano e a terra, que não rejeitam nada e aceitam tudo graciosamente...”


Trecho do livro Receita para o Coração, Venerável Mestre Hsing Yün, Escrituras Editora, São Paulo, 2007.

Giordano Bruno ( Filme )


Filme histórico que revela os lances mais importantes da vida do monge dominicano, filósofo, astrônomo e matemático italiano Giordano Bruno (1550-1600), uma das figuras mais representativas da Renascença, interpretado pelo famoso ator italiano Gian Maria Volonté.
...
Para entender um pouco mais sobre Inquisição.
Giordano Bruno foi um grande homem!

Quem Sabe ? ( Filme )

Jacques Rivette coloca seis personagens com vidas cruzadas a questionar suas vidas e motivações. Jeanne Balibar interpreta a estrela francesa de uma trupe de teatro italiana. Sua volta a Paris, depois de três anos longe, desperta uma série de desencontros e descobertas para muita gente. Rever decisões, caminhos tomados ou sonhos suspensos abala os personagens, que tentam, das mais diversas maneiras, encaminhar suas vidas.
...
Ótimas atuações!
Adorei!

O Fabuloso Destino de Amelie Poulain ( Filme )




Após deixar a vida de subúrbio que levava com a família, a inocente Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo ­ e é assim que encontra Dominique (Maurice Bénichou). Ao ver que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, vendo nisto um novo sentido para sua existência. Contudo, ainda sente falta de um grande amor.
...
AMO!
Já vi 3 vezes!

Rs ... O Auge ! ( Por Alex )

A morte do Mar ( Por Alex )


Ao Mar revolto
Perdido em perdas
Dentre Amigos ?! Crianças ?!
Anoitece dentro e fora
De mim e Do mar
E entardece No medo E no fundo
Ondas sem horizonte
Ilhas e capelas aos pedaços
Há tempo ... e a falta ...
De noção ( coerência )
Das pessoas.
Estas mesmas, mergulhadas ...
Em suas ausências
regressões ...
E angústias.

Tigres ( Por Alex )




Dentre
Tigres e filhotes
Caminhei.



Por entre pontes
De pedras e madeiras
A apodrecerem.




Passagens subterrâneas
Portas e portais
A esconder.



Eu, alimento para as feras
A saudosa Morte
A esconder suas facetas.



Por saltos assustados
Vi o mar,
A chuva,
O sol .


E pela última vez
E mesmo a fuga
Fui deliciosamente devorado
Por suas mandíbulas potentes.

Desapegando do passado - Sou ( Por Alex )


Sou ...
Sou porque você existe.
Existe, nesta ilusão mundana cheia / repleta de realidade.
Existe, nesta minha realidade tomada / emaranhada / entrelaçada por sonhos lindamente reais.
Existiu, noutras vidas ... e eu o vi ... caminhando descalço pelas vastas terras secas das grandes savanas.
Existiu, nas três gotas essências que banham o oceano mais longínquo, puro e incolor.
Existiu, noutros elementos tomados em todas as suas formas.
Vaporando, petrificando e liquidando.
Como nuvens que dançam formando uma sublime tempestade.
Como pedra quente a se refestelar / satisfazer no toque gelado da leve onda.
Como a fragata que voa .. e voa ... sempre a empurrar e a vencer a resistência o invisível ar.
Existirá, pois é possuidor / dono da Imortalidade.
Para o sempre, para o eterno, para o que transcende.
Sim, eu sei muito bem de onde vens !
Vem da chama da lenha que inflama e consome.
Tudo o que toca não virá fogo e sim Luz.
Sempre.
Sinto você vivo.
Sinto você latente.
Sinto você pulsante.
Recriado incessantemente / constantemente pela sua calma sensibilidade em todos os tons do amarelo.
Sensibilidade essa que mora no âmago.
Na lava quente do mais puro coração.
Recordo calmamente, sempre e sempre.
Destes olhos.
Onde habitei e me acalentei por muito tempo ...
Verdes e confortantes,
Esverdeados e amigos,
Verdejantes e amantes.

Moby - Natural Blues ( Música )


Oh, lordy, troubles so hard
Oh, lordy, troubles so hard
Don't nobody know my troubles but god
Don't nobody know my troubles but god
Went down the hill, the other day
My soul got happy and stayed all day
Went down the hill, the other day
My soul got happy and stayed all day
Oh, lordy, troubles so hard
Oh, lordy, troubles so hard
Don't nobody know my troubles but god
Don't nobody know my troubles but god
Went in the room, didn't stay long
Looked on the bed and brother was dead
Went in the room, didn't stay long
Looked on the bed and brother was dead


...


Senhor, os problemas são difíceis
Senhor, os problemas são difíceis
Não, ninguém conhece meus problemas, apenas Deus
Não, ninguém conhece meus problemas, apenas Deus
Outro dia eu estava tão mal
Minha alma estava alegre e ficou o dia todo
Outro dia eu estava tão mal
Minha alma estava alegre e ficou o dia todo
Senhor, os problemas são difíceis
Senhor, os problemas são difíceis
Ninguém conhece meus problemas, apenas Deus
Não, ninguém conhece meus problemas, apenas Deus
Fui ao quarto, não fiquei muito tempo
Olhei na cama e o irmão estava morto
Fui ao quarto, não fiquei muito tempo
Olhei na cama e o irmão estava morto

A Prática Individual e o Conceito de Tamas


A Prática Individual e o Conceito de Tamas


A prática precede o discernimento;
o conhecimento é a recompensa da ação.


Pois é agindo que alguém se transforma.


Executando um gesto simbólico e vivendo de maneira total, até o limite, um papel particular, chega-se a compreender a verdade inerente ao papel.


Sacrificando-nos sinceramente com espírito de humildade e auto-abnegação, realizando atos virtuosos a brilhante substância cármica que limpa e substitui o tamas.


Tamas é a base de toda falta de sentimento, de toda estupidez, crueldade, insensibilidade e inércia.

O Ego e as Ações Humanas


O Ego e as Ações Humanas


As pessoas que se apegam ao seu ego instintivamente favorecem os enganos da ilusão fenomênica, e assim, se prendem mais, em cada ato, as forças passionais do instinto vital que se apega tão só a si mesmo; contudo, o aspirante a Sabedoria conduz de maneira coerente, como se já houvesse deixado para trás a ilusão das manifestações cósmicas.


Em cada ato de sua vida diária decide a favor da alternativa de autotranscendência, até que no fim, como resultado das inúmeras experiências neste nível, ele consegue transpor os enganos de sua psicologia fenomênica. Daí em diante comporta-se instintivamente como se seu ego, com suas falsas impressões, não existisse mais.


As ações, portanto, são a única coisa que nos pode libertar. Atos virtuosos e sem egoísmo liberam a mente da escravidão de suas atitudes e tendências comuns, que se baseiam na ignorância. Mas tais atitudes altruístas, aparentemente perigosas, requerem fé no ainda desconhecido, uma coragem humilde e uma generosa disposição de dar um pulo as cegas na escuridão. Logo, como recompensa, elas nos abrem uma nova perspectiva. Produz-se uma mágica mudança de cenário, uma nova ordem de valores emerge.


Pois é um fato: transformamo-nos por nossas atitudes, tanto para o melhor quanto para o pior. A ignorância e o conhecimento não passam de aspectos intelectuais das mudanças que nossa maneira de viver produz em nós.


Percebe-se o potencial estado de Buddha em todas as coisas, no criminoso e no animal, bem como no virtuoso e no humano, é a maneira mais justa possível de abordar os seres do mundo.


Todas as criaturas, todos os homens, quer virtuosos ou fracos, bem como as criaturas inferiores, mesmo as formigas tem de ser consideradas, respeitadas e tratadas como Buddha, em potência.

Ditado ch’an (zen)


"Há um ditado ch’an (zen) que diz:


“Não há nada que não possamos realizar quando somos capazes de nos concentrar, sem oscilações.”


Quando o pensamento é sereno, o universo torna-se luminoso. O pensamento é como um lago: quando a superfície é plácida e calma, tudo se refle com nitidez. Mas, quando o pensamento fica turbulento, tornamo-nos incapazes de enxergar nitidamente nossa verdadeira natureza. Por isso, devemos sempre manter pensamentos corretos para “cultivar qualquer bondade que porventura ainda não possuímos e desenvolver as já existentes e prevenir o desenvolvimento de qualquer mal e cessar os já existentes em nós.”

Se formos capazes de tomar conta de nossos pensamentos, ainda que não alcancemos a budeidade, ao menos estaremos mais próximos de nos tornar santos e sábios!"

No Glorioso Sábado ... Observo ( Por Alex )


Reflexão ...
Vejo !
A Condição!
E outras condições ...
A loucura alheia,
A sanidade de outrora,
E ambas em mim.
Sua falta de atitude,
Mesmo não a tomando ...
... em mim, nem para mim.
Observo-me forte,
A cada gole, trago, golfada e gargalha.
Não deixando passar ...
Pela garganta,
Nem pela pele,
Muito menos pela alma.
Aqui !
Onde o verde é mais verde !
Contemplo ...
Fendas no céu !
Dentre cores além ...
Além arco-íris!
Além Paraíso!
Além luzcofusco!
Pássaros a cantar ...
Traduzindo ...
No bater de asas.
Minha situação, por assim dizer ...
No refúgio de minhas verdades.
Passo longe,
Do que seria o passado,
E quanto ao futuro,
Só tenho o agora ( O presente );
E o É um maravilhoso Presente !
Impossível não pensar ?!
Na sua ausência ?!
Na minha condição ?!
Na minha vontade ?!
Na sua perplexidade ?!
Sinto medo e falta de coragem ... Não os meus ... E sim alheios ... a mim !
Evito !
Pensar por ti !
Tomar atitude por ti !
Correr por ti, ou qualquer outra coisa !
O triste é saber, mesmo ...
É saber !
Da espera !
Da solidão !
Da vida ... apenas terrena.
Pergunto porque ?
Porque de ser assim ?
Qual a cor, perfume, sabor ?
Que falta, que aspira, que degusta ?
Sempre sem sentir ...
Sonhos e passeios ...
Por vidas passadas ...
Por bordas de copos e piscinas ...
Por livros amarelados !
É lindo ver.
E entender.
O porque.
Do sinal da cruz.
Do silêncio.
Da velhice.
É a própria falta ...
De palavras ...
Nunca ditas ...
Nem escritas ...
E nem sequer inventadas!
O aqui é sempre o aqui !
Por mais que não pareça ...
Por mais arrebatador ...
Ou renovador !
Obrigado!

Siddharta Gautama - O Buda

" Não acrediteis numa coisa, apenas por ouvir dizer. Não acrediteis na fé das tradições, só porque foram transmitidas por longas gerações. Não acrediteis numa coisa só porque é dita e repetida por muita gente. Não acrediteis numa coisa só pelo testemunho de um sábio antigo. Não acrediteis numa coisa só porque as probabilidades a favorecem ou porque um longo hábito vos leva a tê-la por verdadeira. Não acrediteis no que imaginastes, pensando que um ser superior a revelou. Não acrediteis em coisa alguma apenas pela autoridade dos mais velhos ou dos vossos instrutores.

Mas, aquilo que vós mesmos experimentastes, provastes e reconhecestes verdadeiro, aquilo que corresponde ao vosso bem e ao bem dos outros.

Isso deveis aceitar, e por isso moldar a vossa conduta. "

A mente

A nossa mente é a árvore dos desejos, o que pensamos mais cedo ou mais tarde realiza-se.


...


A mente é comparável a um jardim.


Assim como você pode cultivar boas flores e frutos num jardim, arando e adubando a terra, removendo as ervas daninhas e espinheiros e regando as árvores e as plantas, da mesma forma você pode cultivar a flor da devoção no jardim de sua mente retirando as impurezas dela, assim como a luxúria, o rancor, a cobiça, a ilusão, o orgulho, regando-a com pensamentos divinos.

...

Saúde mental é o processo consciente de se tornar o mestre de sua própria mente. Devemos estar consciente que o imanifestável é possível. Mesmo no nosso cotidiano o sagrado e o divino deve nos acompanhar, pois Deus está dentro de nós.

Mircea Eliade - Yoga, Imortalidade e Liberdade ( Livro )


'' A Índia aplicou-se com rigor inigualável a análise dos diversos condicionamentos do ser humano. Apressemo-nos a acrescentar que ela o fez, não para chegar a uma explicação precisa e coerente ( como, por exemplo, na Europa so século XIX, quando se acreditava possível explicar o homem através de seu condicionamento hereditário ou social ), mas para saber até onde se estendiam as zonas condicionadas do ser humano e ver se existe algo além desses condicionamentos. É por esta razão que, bem antes da psicologia profunda, os sábios e ascetas indianos nos foram levados a explorar as zonas obscuras do inconsciente. ( ... ) Por outro lado, não é esta antecipação pragmática de certas técnicas psicológicas modernas que é valiosa, mas sua utilização para o ''descondicionamento'' do homem. Pois, para a Índia, o conhecimento dos sistemas de 'condicionamento' não podia ter seu fim nele mesmo; o importante não era conhecê-los, mas dominá-los; trabalhava-se sobre os conteúdos do inconsciente para 'queimá-los'.''

...

'' A importância considerável que todas as metafísicas indianas dão ao conhecimento, incluindo a técnica de ascese e o método de contemplação que é o Yoga, se explica mais facilmente quando se levam em conta as causas do sofrimento humano. A miséria da vida humana não é devida a uma punição divina, nem a um pecado original, mas a ignorância. Não qualquer ignorância, mas somente a ignorância da verdadeira natureza do espírito, a ignorância que nos faz confundir o espírito com a experiência psicomental, que nos faz atribuir 'qualidades' e predicados a esse princípio eterno e autônomo que é o espírito; em resumo, uma ignorância de ordem metafísica. É então natural que seja um conhecimento metafísico que venha suprimir essa ignorância. Esse conhecimento de ordem metafísica conduz o discípulo até o umbral da iluminação, isto é, até o verdadeiro 'Si-mesmo'. ''

Xiva - Shiva

Shiva ou Xiva é um deus ("Deva") hindu, o Destruidor (ou o Transformador), participante da Trimurti juntamente com Brama (Brahma), o Criador, e Vishnu (Vishnu), o Preservador.
Uma das duas principais linhas gerais do hinduísmo
é chamada de xivaísmo, em referência ao deus.

Ioga
Na tradição hindu, Shiva é o destruidor, que destrói para construir algo novo, motivo pelo qual muitos o chamam de "renovador" ou "transformador". As primeiras representações surgiram no período Neolítico
(em torno de 4.000 a.C.) na forma de Pashupati, o "Senhor dos Animais". A criação da ioga, prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto, intimamente ligada à transformação, é atribuída a ele.
Shiva é o deus supremo (Mahadeva), o meditante (Shankara) e o benevolente, onde reside toda a alegria (Shambo ou Shambhu).

O trishula
Shiva segurando o trishula
O tridente que aparece nas ilustrações de Shiva é o trishula. É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas representam as três qualidades dos fenômenos: tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilíbrio)

A serpente
A naja
é a mais mortal das serpentes. Usar uma serpente em volta da cintura e do pescoço, simboliza que Shiva dominou a morte e tornou-se imortal. Na tradição da ioga, ela também representa kundalini, a energia de fogo que reside adormecida na base da coluna. Quando despertamos essa energia, ela sobe pela coluna, ativando os centros de energia ( chakras ) e produzindo um estado de hiperconsciência ( samádhi ), um estado de consciência expandida.

Ganga
No topo da cabeça de Shiva se vê um jorro d'
água. Na verdade é o rio Ganges (Ganga) que nasce dos cabelos de Shiva. Há uma lenda que diz que Ganges era um rio muito violento e não podia descer à Terra pois a destruiria com a força do impacto. Então, os homens pediram a Shiva que ajudasse e ele permitiu que o rio caísse primeiro sobre sua cabeça, amortecendo o impacto e depois, mais tranqüílo, corresse pela Terra.

Lingam
Lingam ("emblema", "distintivo", "signo"), também chamado de linga, é o símbolo fálico
de Shiva. Ele representa o pênis, instrumento da criação e da força vital, a energia masculina que está presente na origem do universo. Está associado ao poder criador de Shiva.
O lingam é o emblema de Shiva. Na Índia,
reverenciar o lingam é o mesmo que reverenciar a Shiva. Ele pode ser feito em qualquer material, embora o preferido seja o de pedra negra. Na falta de uma escultura, se constrói um lingam com a areia da praia ou do leito do rio; ou simplesmente se coloca em pé uma pedra ovalada.
É comum, nos templos, se pendurar sobre o lingam uma vasilha com um pequeno orifício no fundo. A água é derramada constantemente sobre ele numa forma de reverência. A base do lingam representa yoni, a vagina
, mostrando que a criação se dá com a união do masculino e feminino.

Damaru
O tambor em forma de ampulheta representa o som da criação do universo. No hinduísmo, o universo brota da sílaba /ôm/. É interessante comparar essa afirmação com a conhecido prólogo do Evangelho de São João: "No princípio era o Verbo (a sílaba, o som). E o Verbo era Deus. (...) Tudo foi feito por Ele (o Verbo) e sem Ele nada se fez."
É com o som do damaru que Shiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dança. As vezes, ele deixa de tocar por um instante, para ajustar o som do tambor ou para achar um ritmo melhor e, então, todo o universo se desfaz e só reaparece quando a música recomeça.

Fogo
Shiva está intimamente associado ao fogo
, pois esse elemento representa a transformação. Nada que tenha passado pelo fogo, permanecerá o mesmo: o alimento vai ao fogo e se transforma, a água se evapora, os corpos cremados viram cinzas. Assim, Shiva nos convida a nos transformarmos através do fogo da ioga. O calor físico e psíquico que essa prática produz nos auxilia a transcender nossos próprios limites.

Nandi
Nandi ("aquele que dá a alegria") é o touro
branco que acompanha Shiva, sua montaria e seu mais fiel servo. O touro está associado às forças telúricas e à virilidade. Também representa a força física e a violência. Montar o touro branco, significa dominar a violência e controlar sua própria força.
Sua devoção por seu senhor é tão grande que sempre se encontra sua figura diante dos templos dedicados a Shiva. Ele está deitado, guardando o portão principal.

A lua crescente
A lua
, que muda de fase constantemente, representa a ciclicidade da natureza e a renovação contínua a qual todos estamos sujeitos. Ela também representa as emoções e nossos humores que são regidos por esse astro. Usar um crescente nos cabelos simboliza que Shiva está além das emoções. Ele não é mais manipulado por seus humores como são os humanos, ele está acima das variações e mudanças, ou melhor, ele não se importa com as mudanças pois sabe que elas fazem parte do mundo manifesto. Os mestres que se iluminaram afirmam que as transformações pelas quais passamos durante a vida (nascimento e morte, o final de uma relação, mudança de emprego, etc.) não afetam nosso ser verdadeiro e, portanto, não deveríamos nos preocupar tanto com elas.

Nataraja
Neste aspecto, Shiva aparece como o rei raja
dos dançarinos (nata). Ele dança dentro de um círculo de fogo, símbolo da renovação e, através de sua dança, Nataraja cria, conserva e destrói o universo. Ela representa o eterno movimento do universo que foi impulsionado pelo ritmo do tambor e da dança. Apesar de seus movimentos serem dinâmicos, como mostram seus cabelos esvoaçantes, Shiva Nataraja permanece com seus olhos parados, olhando internamente, em atitude meditativa. Ele não se envolve com a dança do universo pois sabe que ela não é permanente. Como um yogue, ele se fixa em sua própria natureza, seu ser interior, que é perene.
Em uma das mãos, ele segura o Damaru, o tambor em forma de ampulheta com o qual marca o ritmo cósmico e o fluir do tempo. Na outra, traz uma chama, símbolo da transformação e da destruição de tudo que é ilusório. As outras duas mãos, encontram-se em gestos específicos. A direita, cuja palma está a mostra, representa um gesto de proteção e bênçãos (abhaya mudrá). A esquerda representa a tromba de um elefante, aquele que destrói os obstáculos.
Nataraja pisa com seu pé direito sobre as costas de um anão. Ele é o demônio da ignorância interior, a ignorância que nos impede de perceber nosso verdadeiro eu. O pedestal da estátua é uma flor de lótus, símbolo do mundo manifestado.
A imagem toda nos diz: "Vá além do mundo das aparências, vença a ignorância interior e torne-se Shiva, o meditador, aquele que enxerga a verdade através do olho que tudo vê (terceiro olho, Ájña Chakra)."

Pashupati
Pashupati ("senhor dos animais", de pashu, "animais", "feras", "bestas", e pati, "senhor", "mestre") é uma das primeiras representações de Shiva e surgiu no neolítico, por volta de 4.000 a.C.. É representado com três faces, olhando o passar do tempo (passado-presente-futuro). A coroa em forma de cornos de búfalo evidencia a proximidade de Shiva com esse animal que representa as forças da terra e da virilidade. Pashupati está sentado em posição de meditação, o que nos faz pensar que as técnicas meditativas já existiam naquele período. Os quatro animais ao seu redor são o tigre, o elefante, o rinoceronte e o búfalo. Por ser o Senhor das Feras, Pashupati podia meditar entre elas sem ser atacado. Mas, há um outro simbolismo. Esses animais podem representar nossas emoções e instintos mais básicos como o orgulho, a força bruta, o ódio e a sexualidade desenfreada. Pashupati, então, é também aquele que domou suas feras interiores, suas emoções e convive sabiamente com elas. O Shiva Purana, conta que os deuses estavam em luta com os demônios e, como não estavam conseguindo vencê-los, foram pedir auxílio a Shiva. Shiva lhes disse: "Eu sou o Senhor dos Animais (Pashupati). Os corajosos titãs só poderão ser vencidos se todos os deuses e outros seres assumirem sua natureza de animal." Os deuses hesitaram pois achavam que isso seria uma humilhação. E Shiva falou novamente: "Não é uma perda reconhecer seu animal ( a espécie que corresponde no mundo animal ao princípio que cada deus encarna no plano universal). Apenas aqueles que praticam os ritos dos irmãos dos animais (Pashupatas) podem ultrapassar sua animalidade." Assim, todos os deuses e titãs reconheceram que eram o rebanho do Senhor e que ele é conhecido pelo nome de Pashupati, O Senhor dos animais. Esse textos nos mostra a ligação do Yoga primitivo com o Xamanismo.

Ardhanaríshvara
O lado direito da estátua é claramente masculino, apresentando os atributos de Shiva: a serpente, o tridente, etc. Do lado esquerdo, vemos uma figura feminina, com os trajes típicos, o brinco feminino, etc. Esse aspecto de Shiva representa a união cósmica entre o princípio masculino (Shiva) e o feminino (Parvati), entre a consciência (Shiva) e a matéria (Parvati).
As cobras
que Shiva usa como colares e braceletes simbolizam o seu triunfo sobre a morte, a sua imortalidade.
O filete de água
que se vê jorrar de seus cabelos é o rio Ganges. Conta a lenda que o Ganges era um rio muito revolto que corria na morada dos deuses. Os homens pediram para que o rio corresse também na terra. Porém, devido à violência do rio, seu impacto com a terra seria muito violento, terminando por aniquilá-la. Para resolver o problema, Shiva permitiu que o rio primeiro passasse por sua cabeça para amenizar o impacto com a terra, em seguida escorresse suavemente pelos seus longos cabelos.
Sendo o asceta eremita da Trimurti, Shiva é considerado o criador do Yôga
, que teria ensinado pela primeira vez a sua esposa Parvati.

Vixnu - Vishnu


Na mitologia hindu, Vixnu ( Vishnu, da raiz sânscrita vishva, "tudo"), juntamente com Shiva e Brahma formam a Trimurti, a Trindade Hindu, na qual Vixnu é o deus responsável pela manutenção do universo.

Nas duas representações comuns de Vixnu, ele aparece flutuando sobre ondas em cima das costas de um deus-serpente chamado Shesh Nag, ou flutuando sobre as ondas com seus quatro braços, cada mão segurando um de seus atributos divinos, uma concha, um disco de energia, um lótus e um cajado.

A concha se chama Pantchdjanya, que têm nela todos os cinco elementos da criação: ar, fogo, água, terra e éter. Quando se assopra nessa concha, pode se ouvir o som que deu origem à todo o universo, o Om.

O disco, ou roda de energia de Vixnu, se chama Sudarshana, e representa o controle dos seis sentimentos, servindo de arma para cortar a cabeça de qualquer demônio.

O Lótus de Vixnu, se chama Padma, e é o símbolo da pureza e representa a Verdade por trás da ilusão.

O cajado de Vixnu, se chama Kaumodaki, ele representa a força da qual toda a força física e mental do universo são derivadas.

Segundo o hinduísmo, Vixnu vem ao mundo de diversas formas, chamadas avatares, que podem ser humanas, animais ou uma combinação dos dois. Todos esses avatares aparecem ao mundo, quando um grande mal ameaça a Terra; no total, existem dez avatares de Vixnu, dos quais nove já se manifestaram no nosso mundo - sendo Rama e Críxena (Krishna) os mais conhecidos - e outro ainda está por vir. São eles:

Matsya, o Peixe;
Kurma, a Tartaruga;
Varaha, o Javali;
Narasimha, o Homem-Leão;
Vamana, o Anão;
Parashurama, o Homem com o machado;
Rama
Críxena (Krishna)
Buda, o Iluminado (Sidarta Gautama)
Kalki, o espadachim montado a cavalo que ainda está por vir.


A esposa de Vixnu é a deusa Lakshmi, deusa da prosperidade e sorte, que o acompanha, encarnado na terra, como esposa de seus avatares. Seu veículo é Garuda, a águia gigante. Vixnu tem uma forte relação com a água (Nara), tanto que um de seus nomes é Narayana, aquele que flutua sobre as águas. Ele é representado ao lado de uma Serpente com muitas cabeças, já mencionada anteriormente. Do seu umbigo, nasce uma flor de Lótus da qual emerge Brama, o deus criador do universo.

Outros nomes de Vixnu:
Há uma famosa prece hindu denominada Vixnusahastanama-stotra, ou "Os mil nomes de Vixnu". Os nomes derivam dos atributos do deus. Esses são alguns dos principais:

Acyutah (firme, permanente)
Ananta (sem fim, eterno, infinito)
Kesava (de cabelo abundante e belo)
Narayana (o que está sobre a água)
Madhava (relacionado à primavera)
Govinda (chefe dos pastores: um nome de Krishna)
Madhusudanah (aquele que destrói o demônio Madhu)
Trivikrama
Vamana (anão)
Aridhara
Hrsikeshah
Padmanabha (de cujo umbigo brota o lótus que contém Brama)
Damodara (um nome de Krishna)
Gopala (pastor: refere-se a Krishna)
Janardanah
Vāsudeva (filho de Vasudeva: refere-se a Krishna)
Anantasayana
Sriman
Srinivasa

Brama - Brahman

Brama, também conhecido pela grafia Brahma, é o primeiro deus da Trimurti, a trindade do hinduísmo, que forma junto com Vixnu e Shiva.

Brama é considerado pelos hindus a representação da força criadora ativa no Universo
.


A visão de universo pelos hindus é cíclica. Depois que um universo é destruído por Shiva
, Vixnu se encontra dormindo e flutuando no oceano primordial. Quando o próximo universo está para ser criado, Brama aparece montado num Lótus, que brotou do umbigo de Vixnu e recria todo o universo.

Depois que Brama cria o universo, ele permanece em existência por um dia de Brama, que vem a ser aproximadamente 4.320.000.000 anos em termos de calendário hindu
. Quando Brama vai dormir, após o fim do dia, o mundo e tudo que nele existe é consumido pelo fogo, quando ele acorda de novo, ele recria toda a criação, e assim sucessivamente, até que se completem 100 anos de Brama, quando esse dia chegar, Brama vai deixar de existir, e todos os outros deuses e todo o universo vão ser dissolvidos de volta para seus elementos constituíntes.

Brama é representado com quatro cabeças, mas originalmente, era representado com cinco. O ganho de cinco cabeças e a perda de uma é contado numa lenda muito interessante. De acordo com os mitos, ele possuía apenas uma cabeça. Depois de cortar uma parte do seu próprio corpo, Brahma criou dela uma mulher, chamada Satrupa
, também chamada de Sarasvati. Quando Brahma viu sua criação, ele logo se apaixonou por ela, e já não conseguia tirar os olhos da beleza de Satrupa.

Naturalmente, Satrupa ficou envergonhada e tentava se esquivar dos olhares de Brama movendo-se para todos os lados. Para poder vê-la onde quer que fosse, Brama criou mais três cabeças, uma à esquerda, outra à direita e outra logo atrás da original. Então Satrupa voou até o alto do céu, fazendo com que Brama criasse uma quinta cabeça olhando para cima, foi assim que Brama veio a ter cinco cabeças. Da união de Brahma e Satrupa, nasceu Suayambhuva Manu
, o pai de todos os humanos.

Nas escrituras, é mencionado que a quinta cabeça foi eliminada por Shiva
. Brama falou desrespeitosamente de Shiva, que abriu seu terceiro olho e queimou a quinta cabeça de Brama.
Brama tem quatro braços
, e nas mãos segura uma flor de lótus, seu cetro, uma colher, um rosário, um vaso contendo água benta e os Vedas. O veículo de Brama é o cisne Hans - Vahana, o símbolo do conhecimento.

A esposa de Brama é Sarasvati, a Deusa da Sabedoria.

Na Índia em si, o deus é pouco cultuado,
pois na visão hindu, sua função já se acabou depois que o universo foi criado. As lendas sobre Brama não são tantas nem tão ricas quanto as de Vixnu e Shiva. Para estes deuses existem incontáveis templos de adoração, mas para Brama, apenas um, que fica no lago Pushkar em Ajmer.

Bem aqui ( Por Alex )


Bem aqui

Meu coração

Fica todo

Em você.


Vejo a ti

Sentado

Fumando

Me olhando.


Sem saber

A alma

Extrapola

Pelos poros.


Dentre dedos

Imaginários

Que deslizam

Vejo mais uma vez.


O direito

Ao amor

Ao encontro

De nós dois.

Annie Besant

A própria ilusão é uma ilusão.

...

Tudo é ilusão.
A ilusão do pensamento, a do sentimento, a da vontade.

...

''O abstrato ser ( em sua ) abstrata idéia.

Apagou-se, e eu fiquei na noite eterna,

Eu e o mistério - face a face.''

Anna Bella Geiger

A imaginação é um ato de liberdade.

...

Seu lugar no universo é um modo de ser.