Em se falando de amor, tudo pode acontecer.
Tem gente que confunde emoção com sentimento ou paixão com amor.
Pensando nisso, podemos perguntar o seguinte:
O AMOR AMADURECE? Ou será que é o amante que evolui e cresce amando?
O amor é fogo brando que aquece a alma e ilumina o sentido de viver.
A paixão é fogo alto que torra o coração e lança as cinzas em torno da mente.
O amor maduro é profundo e sereno, não causa nenhuma turbulência; não incendeia a alma; não cobra coisa alguma; não é louco; não doutrina; não reprime nunca. É quieto, mas sua canção é ouvida pelas almas brilhantes.
Voltando ao assunto: O AMOR AMADURECE? E quando ele acontece, as pessoas o reconhecem como amor?
Esse amor sereno não deseja nada, ele sabe o que fazer, justamente porque é sereno e responsável.
A paixão acende a fogueira do desejo e isso leva as pessoas fatalmente na direção da turbulência, pois se não se consegue o objeto do desejo, não há satisfação e muito menos paz de espírito.
Paixão lembra traição, ciúme, loucura e briga. A maioria das pessoas que se dizem apaixonadas, na verdade, pelo ciúme que demonstram, são mais detetives do que amantes.
É de se perguntar então: um amante ama o quê? A si mesmo? O seu prazer? O seu ego?
O amor real é complexo porque exige do amante que ele ame de outro jeito. Quer que ele ame alguém, um ideal ou algo, mas sempre colocando como móvel da relação a condição de despojamento necessária à verdadeira felicidade.
- Cia. do Amor -(A Turma dos Poetas em Flor)
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No inferno das relações humanas, pode-se saber quem ama e quem tem paixão. As características diferenciais são:
Quem tem paixão:
Tem sempre o espírito bronzeado, pois o fogo insensato queima-lhe a razão;
Adora discutir;
Queixa-se demais;
Sempre diz que ama, mas não parece, pois tem sempre uma briga armada;
Grita muito;
Tem pavor de si mesmo, e é por isso que procura alguém para se apaixonar; precisa dividir sua angústia com alguém.
***
Quem ama mesmo:
Tem sempre a consciência brilhante, pois nada pede e, por isso, está sempre em paz;
Tem os olhos brilhantes;
O silêncio é seu amigo;
Ama tranqüilo, porque o amor é assim mesmo.
O amor real não pode ser descrito; não é passível de ser explicado racionalmente; não pode ser escrito em um quadro; não pode nem mesmo ser psicografado.
Contudo, pode ser sentido no íntimo de cada um, através de colóquios espirituais, em que as dimensões se misturam. E esse amor jorra pelo ar saturando o próprio prana* com as cores de um sentimento que ultrapassa corações, amantes, dimensões e só pára de volta no coração do próprio amor em pessoa:
O TODO!
- Os Iniciados -(Recebido espiritualmente por Wagner D. Borges)
* Prana (do sânscrito): força vital, energia.
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